"By Thaís Medeiros"
ֱֶָֹֹּεϊЗ عΐз εϊзֱֶֶֹֹּּ

Saiba Mais!

**Olá meu nome é Thaís e gosto de escrever estorias, não sei se posso ser chamada de escritora, (isso vocês decidirão) mas eu vou tentar, estarei sempre postando a continuação da estoria como uma novela, mas em forma de livro, conto com a ajuda de vocês para que isso dê certo, envie opiniões sobre o rumo da história. Agradeço desde já sua colaboração! *.*

BzU e boa leitura.

*Lívia i Theago*

*Lívia i Theago*
٭♥''..e sempre que eu te deixar estarei pronto para te-la novamente.''♥٭

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Capitulo:2 - Uma grande família acolhedora

Eu estava dormindo durante a tarde de 26 de Julho, lá fora estava um tempo meio fechado, como sempre; no bairro onde eu morava, eu não tinha nenhuma amiga, por que todas eram ricas e as mães delas não queriam saber de suas filhas tendo amizade com derrotadas como eu e minha mãe, quando era pequena tive várias amigas Ana, Joana, Maria, Jandira; todas nós éramos muito unidas, mas com o tempo algumas se mudaram e outras as mães cortaram nossos contatos, era muito triste não ter amizades, mais eu sobrevivi nesta época, minha mãe supria toda essa falta, éramos coladas; então naquela hora não havia nada para fazer, e brincar com bonecas já não me entretia mais, por isso dormir era uma ótima escolha.

De repente eu ouvi minha mãe me acordando no sofá “Que foi mãe?”

Mamãe tinha saído há algum tempo para acertar alguns detalhes de nossa viajem, mas antes de ir ela estava calma, e agora ela parecia incomodada e nervosa.

“Filha, não há mais tempo, temos de ir!”

“O que? Por quê?” Assustada me levantei com tudo do sofá

“Eles já sabem, eles estão vindo, temos que ir, antes que não de mais tempo! Arrume suas coisas, rápido!” Ela disse me empurrando para eu agir.

“Ta, ok, ok!” Eu estava meio confusa, mas depois que estivéssemos algum tempo, eu poderia pedir por alguma explicação mais detalhada.

Chegando ao meu quarto, não havia muito que arrumar, minhas roupas estavam dobradas no chão, do lado do meu coxão, peguei todas elas, eram poucas, então as coloquei dentro de minha bolsa, peguei minhas fitas de cabelo e amarrei uma delas em meu pulso.

E então minha mãe começou a gritar da parte de baixo da casa. “Vamos Lívia, não há tempo!”

Nisso eu dei um pulo para trás, mas rapidamente peguei a bolsa, corri até a porta, mas quando cheguei à porta, eu travei; fiquei olhando meu quarto, num gosto de despedida; mas derrepente eu ouvi minha mãe bater a porta da cozinha lá em baixo, num outro pulo eu acordei e fui correndo pra junto dela que estava me esperando impacientemente na porta da sala, sem falar nada ela me agarrou a mão e saímos de casa e ela nem trancou a porta. Ela me levava apressadamente pelo braço, e eu não entendia muitas coisas ainda, então andamos, andamos, andamos, passamos pela praça e pela avenida principal e chegamos a uma estrada que levava a outras cidades. Eu nunca havia saído de Dryden que é no Estado de Ontário no Canadá, e nem sabia o que tinha depois de lá, mas lá estávamos nós saindo de á pé da cidade.

“Mamãe por que não pegamos o trem?”

“Porque ia dar muito na vista, se fizéssemos isto”

“Ow!.. estamos fugindo então?”

“È... mais ou menos”

“Como assim?”

“Nossos móveis pertenciam ao Banco também, e de alguma forma eles ficaram sabendo que nós vendemos tudo.”

“E como você sabe se eles sabem?”

“Quando sai esta tarde, eu fui ver se comprava passagens de trem para nós e meu Padrinho, o senhor Guilhermino sabe?

“Sei o senhorzinho que vende as passagens, o que tem ele? Ele é quem falo pro banco? Seu padrinho de casamento te entregou?”

“Pare Lívia, não, não tomes suas conclusões antes que eu fale”.

“Então me conte.”

“Ok, ele me falo que o Senhor Agnaldo esteve lá perguntando se nós tínhamos comprado alguma passagem, e o Guilhermino o indagou no porque ele estava querendo saber disso, se ele sabe que nós não temos nem aonde cair mortas, e o Agnaldo falou que ele tinha ouvido rumores de que nós estávamos vendendo os móveis que pertencem ao Banco, e constatou que nós iríamos fugir com este dinheiro; ai eu agradeci o senhor Guilhermino por ter me dito isso e nem comprei as passagens, ai pensei vou a um café para dizer que eu não fui lá para comprar a passagem, e sim que só fui para dizer um oi ao meu padrinho, ai eu fui ao café, sentei, pedi um café e umas rosquinhas; eu estava relaxada e derrepente do nada, me aparece o Agnaldo...”

“O que o Agnaldo, mamãe meu Deus e como ele te deixou ir embora?”

“Deixe-me terminar, ai ele veio e sentou-se comigo e começou a falar que estava me procurando e eu me mantive quieta e deixei-o falar, ai ele falou que ele iria dar a nós um tempo, uns 30 minutos para que saíssemos de casa e só levássemos o dinheiro que conseguimos vendendo nossas coisas.”

“Então ele nos acobertou?”

“De certa forma, sim”

“Mais e ai tu fostes embora, e ele deixou assim do nada?”

“É... ele nos deu 30 minutos para sumirmos; e depois ele foi iria junto com seus agentes nos cobrar a divida pegar nosso único dinheirinho que conseguimos com a venda, mas como não estávamos lá talvez eles perdoem nossas dividas e não vá atrás da gente. Sabe Líli ele é um bom homem.

“Pois é mãe estou surpresa que ele não nos entregou logo de cara.”

“Pois é... ele era muito amigo de seu pai, na verdade foi ele quem nos apresentou.”

“Serio Mãe!... Como foi isso?”

“Foi perfeito Líli, eu estava com minha falecida tia Ifigênia, estávamos andando na rua, quando o Agnaldo que já era conhecido de minha tia nos parou para conversar, ai em quanto o andávamos nos acompanhava, ai ouvimos gritos perto de onde estávamos e fomos ver o que era, e era seu pai, batendo em um homem, o homem era um assaltante que estava roubando uma senhorinha, e ele viu que ela senhorinha gritava freneticamente “ladrão, ladrão” e o doido foi defender ela, ele acabou com o ladrão, e o Agnaldo foi lá falar com ele, ai ele perguntou para o Agnaldo quem era a moça que estava com ele, e então ele nos apresentou; aiai... ele era um cavalheiro mesmo!; sabe filha ele não falava por meio de cartas, nem por versinhos, sei que isso é romântico de uma certa forma, mas quando ele me olhava nos olhos o chão sumia, e tudo o que havia ao meu redor não existia, éramos só eu e ele, ele me hipnotizava somente com seu olhar, ai quando ele falava, eu simplesmente, me derretia com sua voz, outros me mandavam bilhetinhos e cartinhas ou mandavam seu amigos falarem por eles, mais isso não me parece ser certo, isso parece que a pessoa tem vergonha de você, que a pessoa não quer de ser vista com você, ou até mesmo que ela não se importa com sua reação, mas ele se importava ele me amava de verdade e eu o amava muito.” Depois de tudo isso olhou para baixo onde seus pés caminhavam, e fez uma cara de choro.

Mais do que depressa eu a disse “Mamãe não fique assim, por favor, eu também a amo, e muito ta.”

Com sua cara ainda triste, “Você é a única razão de eu ainda estar aqui.” Ela parou de repente de caminhar e se virou bruscamente me agarrando pelos ombros “Prometa-me Lívia Hill Taylor, que você vai encontrar um amor e vai ser feliz com ele, e que nada, nada mesmo, vai separar vocês, e nem mesmo a morte, possa separá-los como ela fez comigo e com o Luigi.” Ela disse com os olhos vidrados nos meus.

Eu confusa “Nossa mamãe a morte, como, num existe meios de te prometer isso”.

E ela nervosa “Não me interessa, prometa, vamos prometa.” E me sacudia em suas mãos.

Quase forçadamente “Ow ...ok, eu ...euu” franzi as sobrancelhas em um gesto de confusão “Prometo, prometo sim mamãe, mais isso vai demorar muito ainda sabe, não conheço muitos garotos.”eu tentei a descontrair um pouco, para ver se ela me soltava, e funcionou.

Aos poucos ela me soltou e deu-me um largo sorriso de quem estava satisfeita, então continuamos a caminhar, desde então não nos falamos mais a cerca de quase uma hora depois, uma carroça vinha vindo a traz de nós, minha mãe me olhou e viu que eu estava preocupada com a nova companhia.

Então adivinhado meus pensamentos “Não é o pessoal do Banco, nem a polícia meu amor.”

“Uffa!, mas quem será que é”

“Não sei, espere e veremos”

Enquanto isso a carroça se aproximou e nela havia 2 pessoas e um menino segurando porquinho; era um homem de aparência cansada, tinha cicatrizes em seu rosto e suas mãos eram grosseiras, ele tinha os olhos cor de mel e um nariz de batata, ele usava um chapéu feito de palha e roupas surradas; e a outra pessoa era uma mulher, ela tinha um cabelo bem cacheado mais estava meio preso, meio solto e armado e ela era morena tinha os olhos pretos e a boca carnuda, ela estava usando um vestido que parecia ser do século 15, ela tinha a mesma aparência cansada do outro e suas mãos eram grosseiras como as dele; e o menino do porquinho era bem pequeno; apesar de eu achar que ele deveria ter uns 10 anos, mas seu tamanho era de um menino de 6 anos, mas ele era bonito, moreninho de cabelo enroladinho, seus olhos eram pretos e seu nariz era batatinha, sua boca era carnuda e seus dentes eram muito brancos, mas as roupas eram até curtas para ele e eram velhas também; sem falar de sua carroça que era espaçosa, mas parecia estar velha caindo aos pedaços e era puxada por um cavalinho que parecia mais com uma mistura de pangaré que cruzou com um jegue.

Enfim fomos paradas por eles.

A mulher nos perguntou “Pronde é que oceis tão ino uai?

O homem disse “Seis num tem medo não di anda pra essas estrada, diz pra ondi oceis tão ino qui nois da uma carona pro ceis, soh!”

Mamãe os disse “Estamos indo para qualquer lugar longe daqui!.

E o homem disse “Entãossis a Dona ta cum sorte perque nois vamo inu visita a parentada da minha esposa que mora longe, longe, ai u ceis pode vi com a gente, num pode Agustina? Num pode?”

Ela responde a ele “Ora podi sim meu veio, manda elas subi aqui qui nois aperta aqui mais da cerrrto viu! E ela sorri, mostrando ser a simpatia em pessoa.

Então o homem estendeu sua mão oferecendo sua carona de carroça a mim e a minha mãe, e a mulher Agustina ofereceu sua mão para ajudar minha mãe a subir.

Mamãe deu um largo sorriso de gratidão e se apoiou nas mãos da Dona Agustina, e logo depois de minha mãe ter subido e sentado, a Agustina olhou de volta para mim e disse “minina senta la traiz cum o Cremente e o Tino.” Eu fui a traz da carroça e o menino me estendeu uma mão e a outra ele segurava o porco, e eu fiquei pensando quem se chamava Clemente e quem se chamava Tino, ai eu subi e me sentei ao seu lado.E ele me olhou, olhou minha roupas e minha pequena bolsa.

Ele me perguntou “U qui ocê tem ai?” e apontou em direção a minha bolsa.

Fiz cara de poucos amigos “nada em especial, hum você é Tino certo?”

Ele em um segundo me olhou com raiva, mas depois baixou a guarda “Não! eu so o Cremente” e apontou para o porco “este é o Tino” Depois com cara de curioso “Mas e ocê, como ocê chama?”

“Lívia” eu disse e fechei a cara, para ver se ele parava de conversar comigo; e funcionou! Minha mãe também estava meio calada, só respondendo o que lhe perguntavam; já devia ser altas horas da noite e o sono estava me batendo, mas eu ouvi um pouco do que o homem estava falando na frente antes de eu adormecer, ele falou que nós iríamos passar a noite viajando e que talvez ao meio dia de amanhã, estaríamos na cidade

Acordei com o sol em meus olhos, e um cheiro de esterco fresco ao meu lado, me sentei e olhei para o pangajegue e fiquei enojada, me deu um embrulho no estômago; olhei em volta e estávamos parados e só tinha eu na carroça, agitada, confusa e preocupada, sai num pulo da carroça e gritei, “...mããe, ...mããe ... ”

O local onde estávamos era muito estranho, a carroça estava parada ao lado de um cercadinho de madeira, e do lado do cercadinho tinha um pequeno portão de madeira também; mas atrás dele não havia mais nada somente mato, até onde minha vista se perdia que era numa montanha não muito distante da onde eu estava. E do meu lado de trás havia uma floresta bem fechada, e em um dos lados tinha a estrada e no outro lado ela tinha acabado no cercadinho que se estendia até muito longe.

Mas então onde é que todos estavam, será que algo aconteceu a eles?

Será que eles me abandonaram? Mas por que iriam me abandonar com o pangajegue? Nada parecia fazer sentido.

Até que ouvi um barulho vindo da floresta, seria um bicho? Seria este o meu fim, ser comida por um tigre ou um jaguar... Não na verdade, era minha mãe saindo da floresta, desgrenhando as árvores com um facão; fiquei meio em choque de ver que ela sabia usar um facão!Mas além do facão ela trazia também, um balde cheio d’água.

“Mamiiimãe?!”

“Sim sou eu, sua boba, agora me ajude com isso”. Eu fui até ela e agarrei no balde em uma das minhas mãos, e transferi um pouco do peso da água para mim; levamos até o pangajegue e ele tomou freneticamente a água e eu o invejei, e só ai eu percebi o quanto eu estava com sede e com fome. Mamãe, eu acho que também percebeu.

“Vamos, venha comigo”

“Mãe nós chegamos? Porque paramos aqui?”

“Aqui é um atalho que o Senhor Jorgino pegou por causa do Clemente”

Confusão passou por minha cabeça “Por quê? O que aconteceu com o Clemente?”

“Ele caiu da carroça durante a noite, você não deve ter visto porque estava dormindo.”

“Nossa Mãe, e ele se machucou? Ele está bem?”

“Sim ele se machucou e sim ele está melhor”

Depois disso, ela se virou e foi para a floresta novamente, então eu a segui. Passamos por varias teias de aranhas, e também tinham muitos bichos e se assustavam com a nossa invasão. Andamos por uma meia hora, e de repente acabou a floresta e havia um campo florido e no fundo uma casinha; atravessamos o campo florido e fomos parar em uma estradinha que conduzia até a casa, mamãe percebeu a minha confusão.

“É, poderíamos ter vindo por aqui, se não fosse o acidente com o Clemente, o Senhor Jaime cortou caminho por aquela estradinha e pela floresta, porque se ele viesse por aqui ia dar muita volta. E desta forma nós pudemos chegar mais rápido.”

“Ah ta... hum... não era para estarmos em Kenora?

“Vamos ficar por aqui por um tempo até que as coisas esfriem, e até que eles nos esqueçam e assim possamos viajar de trem tranquilamente.”

Nem respondi no momento, deixei pra ter esta conversa depois.

O campo florido já havia sido deixado para trás e agora o que eu via era uma completa Fazenda, com casarão, e com curral e todas essas coisas de Fazenda, eu nunca quis saber muito sobre a vida no campo, minha vida era na cidade pra que saber essas coisas.

O casarão era enorme e branca e havia uma grande escadaria na frente dela e tinha muitas janelinhas também, logo então eu e minha mãe entramos.

Quando entrei na sala vi muitas pessoas, além da família que nos deu carona, tinha uma mulher baixa e gordinha com os cabelos brancos e enormes, ela parecia ter um 70 anos; tinha também outra mulher mais alta, esbelta, e morena, tinha seus cabelos lisos e escorridos, seus olhos eram bem negros e seu sorriso era tão amigável quanto ao de Agustina, havia mais um homem bem parrudo e invocado, seus olhos eram castanhos e seu cabelo na altura dos ombros, como era de costume da época; havia três moças todas elas lindas as três se pareciam bastante, tinham os cabelos cumpridos até as costas e eram louras num tom meio escuro, elas tinham o nariz arrebitado e a maior que parecia ter uns 15 anos, tinha os olhos pretos; a do meio parecia ter uns 11 anos tinha os olhos verdes e a pequena parecia ter uns 6 anos, tinha os olhos castanhos claros.

Havia também garotos, quatro; tinha um que deveria ter uns 4 anos, era a coisa a mais fofa, bochechudo, gordinho, as suas maçãs do rosto vermelhinhas e seus olhinhos era caramelo. O outro maior deveria ter uns 8 anos, era mais magrinho e tinha os olhos bem pretos e seu narizinho era meio pontudinho, mas ele tinha cara de sapeca. O outro devia ter uns 13 anos, ele era bonitinho, tinha os olhos azuis e tinha o nariz de batata, e os cabelos na altura da nuca e também ele era mais alto do que eu. E o ultimo parecia ser o mais velho de todos, devia ter uns 20 anos, ele era bem parecido com os outros, exceto em sua sobrancelha ser enorme, todos eles usavam suspensório o que era muito usado na época.

Quando entramos todos que estavam falando pararam para nos olhar; e eu fiquei vermelha de vergonha.

Mamãe começou então, “...bem se vamos ficar então preciso saber o nome de todos pelo menos”.

Eu não acreditei quando ouvi ela dizer ‘se vamos ficar’ não é possível! Fiz uma carranca. Mas ela continuou “sou Lucinda Hill Taylor e esta é minha filha Lívia Hill Taylor” e sorriu olhando para mim, ai ela viu minha cara e me cutucou fala alguma coisa Líli.

E eu olhei brava para ela, mas eu era ciente, de que todos estavam olhando para mim, então recompus em um meio sorriso “Hey tudo bem? eu quero saber o nome de vocês também.

Eles me encararam mais um pouco, e depois todos deram risada, e eu também dei; a Mulher esbelta era a Carmen, casada com o parrudo que é Senhor Carlos, a mulher idosa era mãe do Carlos a Dona Djalma, e as crianças eram o Victor de 4 anos, a Natalie de 6 anos e o Francisco de 8 anos; depois tinha a Isabela de 11 anos, o Tales de 13 anos, a Rebeca de 15 anos e o Sayllor de 20. E por incrível que pareça eu acertei a idade de todos.

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