"By Thaís Medeiros"
ֱֶָֹֹּεϊЗ عΐз εϊзֱֶֶֹֹּּ

Saiba Mais!

**Olá meu nome é Thaís e gosto de escrever estorias, não sei se posso ser chamada de escritora, (isso vocês decidirão) mas eu vou tentar, estarei sempre postando a continuação da estoria como uma novela, mas em forma de livro, conto com a ajuda de vocês para que isso dê certo, envie opiniões sobre o rumo da história. Agradeço desde já sua colaboração! *.*

BzU e boa leitura.

*Lívia i Theago*

*Lívia i Theago*
٭♥''..e sempre que eu te deixar estarei pronto para te-la novamente.''♥٭

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Capitulo1 - Vamos embora?


Amanheceu, abri meus olhos, levantei de minha cama, havia vozes na cozinha, de certo minha mãe cantarolando enquanto fazia seu café, fui até a janela empurrando as cortinas para ver o dia, e lá estava ele como uma típica manhã de 1.906, mas estava mais brilhante que os outros dias, eu fiquei alguns minutos observando.
"Lívia venha tomar café, não podemos nos atrasar hoje para não perdermos o bonde, anda menina!”. -Eu estava tão distraída que dei até um pulo pra trás.
"Está bem mamãe, está bem, estarei pronta em um minuto esta bem?!"
"Pode ser, mas se apronte bem arrumada, pois queremos passar uma boa impressão"
"Esta bem mamãe!"
- Eu e mamãe éramos sozinhas no mundo desde que meu Papai faleceu a uns 11 anos, mas agora estava muito difícil a vida, tivemos que hipotecar a casa e agora íamos ao banco pedir por mais um prazo, tínhamos uma grande soma de dinheiro quando Papai ainda era vivo, mas tudo o que tínhamos, gastamos para nos alimentar,viver e manter alguma aparência na sociedade, mas agora estávamos pobres; mamãe num surto de medo, até cogitou a possibilidade de ir lavar roupas pra fora ou ser faxineira ou algo assim, eu queria ajudá-la mas ela jamais deixaria.
Fui até jarro de água para lavar o rosto e depois dei uma olhada no espelho, meu cabelo estava ótimo, fui até o guarda-roupa e peguei meu vestido creme com rendas e coloquei uma sandalinha marrom; desci correndo as escadas e quando cheguei à cozinha, havia apenas café, meu estômago no mesmo instante roncou como se estivesse sido desiludido, ai mamãe apareceu toda pronta para irmos; ela estava vestida com um vestido marrom e estava com um chapéu combinando, estava linda, minha mamãe não aparentava a idade que tinha, sempre parecia jovem.
"Querida não temos mais nada, o dono da venda não está mais aceitando fiado e eu não sei mais o que farei!... desculpe-me."
"Ow... mamãe não, não precisa, eu, eu nem estou com fome ainda sabe..."
“A filha, você é a filha mais linda do mundo sabia, agora tome pelo menos um pouco de café ok!?"
Dei um meio sorriso, "Ta” e fui tomar meu café.
Logo depois minha mãe me agarrou-me pela mão me conduzindo o quanto antes para irmos embora, ao sair ainda dei mais uma olhada para o céu e estava belo; mamãe estava muito apressada subiu no primeiro bonde que passou e quase que ela se esquece de mim, subi no bonde, mas havia muitas pessoas lá estava meio apertado, a maioria eram homens velhos e jovens, eu vi dois meninos vestidos com o uniforme de uma escola, só meninos iam á escola, meninas ricas tinham aulas particulares, meninas pobres não tinham instrução nenhuma, eu tive aulas até meus 10 anos e depois não deu mais para mamãe pagar, eram as aulas ou a comida, mas pelo menos sei ler e escrever, mas mamãe não sabia. Alguns homens que ali estavam, até tinham boa aparência, será que mamãe nunca encontraria mais ninguém?Bem pelo menos não no bonde.
Mamãe agarrou minha mão novamente “vamos é aqui”
Eu relutei contra a mão dela “não sou mais um bebê eu já tenho 14 anos mamãe”.
Ela sorriu “Me desculpe minha pequena grande mulher”, mas continuou agarrada em mim. Assim ela me conduziu até o Banco, e lá tínhamos hora marcada, mas mesmo assim nós tivemos que esperar cerca uma hora eu acho. Fomos atendidas por um velho amigo do meu falecido Pai, Agnaldo, mas ele não foi muito bondoso conosco.
“Senhora Lucinda seu imóvel vai a leilão dentro de um mês e isso irrevogável visto que vocês devem muitas vezes mais do que vocês tem”. Minha mãe fez uma cara de horrorizada.
“Estarei aqui para o que precisarem senhora Lucinda, por favor, contem comigo” e isso me fez pensar que Agnaldo de fato, não era tão ruim.
“Ok Senhor Agnaldo, muito obrigada por tudo, um bom dia para o senhor” mamãe respondeu com um ar de que estava ganhando na Loto, eu não entendi na hora, olhei para ela confusamente. “Líli agradeça ao senhor Agnaldo”
Olhei para ele rancorosa, e disse secamente “Obrigada, senhor Agnaldo, minhas recomendações!”
Agnaldo com um largo sorriso, não tirando os olhos minha mãe, “Serão ditas, bom dia para vocês”
Mãe me agarrou novamente “Vamos”, e deu sua ultima olhada sorridente para o senhor Agnaldo, então saímos do banco, caminhamos, até que achei estranho entramos num curto beco no canto da rua, mamãe sentou no chão e começou a chorar compulsivamente.
Olhei para ela assustada, mas em um segundo entendi tudo, era tudo fingimento da parte dela para com senhor Agnaldo, ela não iria dar o braço a torcer, ela não iria mostrar o quanto foi abalada por tudo isso, mas para mim não tinha porque esses segredos, então ela desabou, não pude falar nada nesse momento para consolá-la.
“Filha nós não temos mais nada, ta tudo acabado, não temos para onde ir, não há meios de conseguirmos superar isso”.
Consegui pensar em algo e disse confiantemente “Mamãe vamos superar!” Mamãe olhou para mim com olhos vermelhos e tristes, mas agora havia pelo menos um brilho diferente; o brilho da esperança e da fé.
Então ela balançou a cabeça “vamos embora daqui!”
Olhei para ela meio que com dúvidas “vamos embora?”
“Sim vamos” levantou-se e me agarrou e então voltamos para casa.
Ao chegarmos ela olhou para todas as coisas que tínhamos “venderemos todos os móveis!”
Fiquei chocada e gaguejei “Toododos?!”
“Sim”
“Mas o banco pode tomar depois o dinheiro não pode?”
“Não se agirmos com cautela” ela falava com fascínio nos olhos. E eu não entendi nada, por que ela faria isso com o resto que nos restava? Pra quem ela venderia? Não havia sentido. “Filha nós vamos recomeçar”.
“A mamãe isso explica muito” eu disse com sarcasmo.
“Quando eu disse que vamos embora, eu falei serio, vamos sair da cidade, do estado e até quem sabe, do País!”
Ri-me “Acho que do País é um pouco mais caro que os nossos móveis e acessórios.”
“Líli deixe de deboche e me ouça, vamos sim e vamos fazer uma nova vida aonde quer que seja.” Seus olhos irradiavam sua determinação.
“Sim Senhora, Dona Lucinda Hill Taylor” eu disse com entusiasmo.
“Humm... vou parar de usar o Taylor quando nós mudarmos” ela disse pensativa.
“Mas Mãe é o sobrenome que era do papai!” eu fiquei meio espantada, e meio aborrecida.
“Filha você mal o conheceu, você tinha apenas 3 anos, ele era maravilhoso, mas chegou a hora da mamãe encontrar outro pa..”
Não a deixei terminar “Não, não, não, você não precisa ter essa conversa comigo, eu entendi o que tu quiseste dizer com parar de usar o sobrenome Taylor e aceitarei muito bem outro homem aqui em casa, até por que eu adoraria ter um pai; essa nossa nova vida vai ser linda mãe, pode acreditar” e sorri e ela estava com lágrimas nos olhos, e então nos abraçamos, com um carinho fraternal de mãe e filha. “amo-te muito mamãe, vai dar tudo certo” só ouvi seus soluços.
“Também a amo muito e você não imagina o quanto”. Depois de uns três minutos abraçadas, nós olhamos uma para cara da outra e falamos juntas “vamos começar” e seguiu uma longa e suave gargalhada de nossa parte.
Arrumamos tudo e colocamos tudo no quarto de hóspedes e então minha mãe saiu para vender as coisas para os vizinhos, amigos, conhecidos. Eu fiquei em casa pensando em como seria essa nossa nova vida, quem mamãe encontraria para ser meu pai..padrasto, será que eles iriam ter outros filhos? Será que ele já terá filhos? Meu Deus! Melhor nem pensar mais nisso, então voltei a minha atenção nas recordações que estavam prestes a serem vendidas, como minhas sapatilhas de Balé, minhas bonecas de porcelana, minhas almofadas, meus livros... Aí não! melhor parar de pensar nisso também. Mas lembrei de que meu aniversário estaria chegando, não que eu fosse querer presentes ou algo assim, na verdade eu e minha mãe nunca fomos ligadas a datas comemorativas, mas lembrei mais do fato de eu estar ficando mais velha, e isso me alegrou afinal 15 anos já não se é considerado mais criança, mas estava meio longinho ainda, faltavam mais ou menos uns 20 dias, seria no dia 8 de Agosto.
Então finalmente mamãe chegou, já estava escurecendo; tinha mais três pessoas com ela, duas mulheres e um homem, eles entraram e eu parecia que não existia, será que ninguém me viu? Ou não quiseram me cumprimentar mesmo?.
As mulheres eram bem parecidas, elas tinham os cabelos lisos e as duas com mesmo tom louro opaco; e uma delas tinha um nariz meio desproporcional e a outra um sorriso meio torto, mas mesmo assim eram bonitas; o homem era alto e meio gordo, tinha os olhos caídos e o rosto bochechudo, seus olhos eram verdes, mas ele era estranho demais, e ele só ficava próximo da moça de nariz torto, presumi que fosse sua esposa, ambos usavam aliança nos dedos. Então eles foram até o quarto de hóspedes e o homem gordo pegou duas caixas e as levou para fora de casa. Eu nem quis ver mais nada fui para meu quarto que agora estava vazio, só com minha cama, deitei nela e do mesmo jeito que estava eu dormi.
Só fui acordar no outro dia com minha mãe gritando no pé de minha cama.
“Acorda Lívia já são quase meio dia, Lívia você esta bem? Lívia porque você não acorda? Será que eu terei de jogar água em você para que acorde? Tem um monte de gente aqui você tem que acordar para me ajudar!
Assustada com seus berros eu olhei para ela “Porque eu dormi tanto meu Deus?!, me desculpe mãe já irei lhe ajudar a vender nossas coisas” E o dia passou voando, muito trabalho e muito cansaço. E isso se perdurou pelo resto da semana.

Um comentário:

  1. tata terminei já o capitulo 1 e achei interressante em. cativante começei a ler e não parei achei,legal tanto q até fechei o msn pra terminar de ler

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